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Decisão pela Produção Independente

Hoje gostaria de dedicar este post para aquelas mulheres que sempre tiveram o sonho de ser mãe, mas que por vários motivos não encontraram um parceiro para construir uma família e fazer jus ao papel de pai.

Passei anos e anos sonhando em como seria a minha família e como seria feliz quando chegasse o momento de ser mãe. Mas não mandamos no futuro, não sabemos o que Ele, lá em cima, está reservando para nós. Por isso, não se frustrem se eventualmente a vida não seguir o caminho dos sonhos de vocês.

É lógico que fazer uma produção independente não é uma decisão fácil de ser tomada. Antes de decidir, passei por momentos tristes, de desilusão, mas aprendi muito com tudo isso e amadureci um bocado também. Até que percebi que para realizar o sonho da minha vida, dependeria só de mim e de mais ninguém. Foi aí que, a alguns anos atrás, comecei a amadurecer esta vontade e comecei a pesquisar sobre as possibilidades: comecei a trocar ideias com as pessoas, fui me preparando aos poucos e sem pressa. Abro parênteses aqui para agradecer a grande profissional e ser humano maravilhoso que é a psicologa Letícia Kruel que me ensinou a ver a vida de forma mais leve e com maior determinação.

É fundamental que a decisão seja tomada com muita cautela, estudo, análise, muita confiança do que se quer e a certeza de que esta decisão mudará para sempre a nossa vida. Mas acreditem, é uma mudança linda, espetacular, cheia de desafios sim, mas minada de amor e carinho.

Acho fundamental também que esteja claro na cabeça e no coração de vocês, futuras mamães, que a vontade de ser mãe não é apenas para “tapar um buraco”, suprir uma carência, pois isso tudo passa e o seu filho continuará ali precisando cada vez mais de você. Precisa ser uma decisão baseada na vontade de dar e receber amor, de cuidar e educar. Uma vontade puramente voltada ao filho e ao seu sentimento para ele e não para uma realização pessoal, baseada em carência, solidão ou o que mais possa envolver esta decisão.

Mas, considerando que tudo isto já foi analisado e superado (no meu caso levou mais de 5 anos, desde que pensei nesta possibilidade até o momento da inseminação), então é hora de tomar uma atitude. Aí vem aquele frio na barriga: do que as pessoas vão pensar; do medo de não ser aceita pela sociedade; do medo de não dar conta sozinha; de investir um valor que muitas vezes não temos e a possibilidade de não receber o tão esperado resultado positivo; da possibilidade de vir um bebê deficiente, que exigirá ainda mais cuidados para uma mamãe independente e da possibilidade de virem gêmeos.

Por experiência própria, digo que sim, existem vários riscos neste processo, mas se o seu amor e seu sonho de ser mãe for realmente puro e verdadeiro, você vai superar tudo isto e vai em busca do que realmente quer.

Quando decidi fazer a inseminação artificial, antecipando em dois anos o que tinha planejado, por conta da doença do meu pai, em nenhum momento pensei de forma negativa ou tive medo de me arrepender. Apenas busquei o máximo de informações e sabia que o resto estaria na mão de Deus e que ele mandaria o que estivesse reservado para mim.

Sempre achamos que não somos capazes, mas nos surpreendemos com a força que existe dentro de nós, em momentos de necessidade. Pude passar por esta experiência bem de pertinho e percebi que não temos a menor noção da nossa força e do nosso limite, por isso não duvide da sua capacidade e não deixe de fazer algo por medo do que está por vir.

Por fim, gostaria de registrar aqui o quanto me surpreendi com a aceitação das pessoas que souberam da minha história e a quantidade infinita que venho recebendo de carinho, apoio, força e doações, que só me fazem ter a certeza que fiz a escolha mais linda e mais importante de toda a minha vida.


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